Bem-vindo leitor do prisioneiro.
Tenho algumas novidades em relação ao meu livro sobre Waverly Hills.
Como podem ver a capa foi mudada, ficando bem mais aterrorizante e chamativa, além do próprio título do livro, que agora é Waverly Hills - A Morada do Mal.
Existem algumas resenhas sobre ele, caso queira lê-los acesse os blog´s Fic-Lover´s, ou o Patriciado, ou ainda o site Biblioteca do Terror.
E deixo para degustação a primeira parte do livro, que pode ser adquirido na íntegra através da Amazon e do Clube de Autores.
Espero que goste.
Em 2001 um grupo de brasileiros, formado por três estudantes de
fenômenos paranormais e quatro médiuns embarcou para os Estados Unidos e foi
até o Estado de Kentucky rumo ao Sanatório de Waverly Hills para estudar os
fenômenos que ali dizem se manifestarem.
Os médiuns Samanta Azevedo, Adriano Cunha,
Lara Anastiel e Henrique Chaves e os estudantes Eduardo Matoso, Marco Yamashi e
Ingrid Castro decidiram passar uma noite no local e averiguarem se tudo o que é
dito a respeito do local corresponde à verdade ou se não passa de mera lenda.
Providos de somente algumas
lanternas e gravadores de voz eles acreditavam estarem aptos a decifrar os
segredos do local, considerado um dos mais assombrados das Américas.
Abaixo segue a transcrição de tudo
o que ocorreu durante os trabalhos do grupo, conforme relatório de Eduardo
Matoso:
Após
horas de viagem nós finalmente chegamos ao sanatório por volta das dezoito
horas e começamos a traçar os planos para a aventura, enquanto observávamos o
sol se pondo lentamente, mergulhando todo o local na escuridão.
-
Não acredito que a Ingrid veio até aqui e teve um piriri. – reclamei.
-
Pois é, mas essas coisas acontecem, não podemos culpá-la. Mas ela estará
conosco em oração, o que nos é de grande valia. – conforta Samanta.
-
A coitada está desconsolada, ela queria muito vir pra cá... – diz Marco.
-
É verdade, mas não teria como ela vir no estado em que está. Devemos estar
plenos de saúde para poder encarar possíveis manifestações espirituais. –
conclui Adriano.
-
Talvez tenha sido melhor ela ter ficado na pousada mesmo, Deus sabe o que faz,
e talvez o poder da oração que ela nos transmitirá seja até mesmo mais útil do
que a presença dela. – prossegue Samanta.
-
Sim, esperamos que sim. Mas é melhor começarmos a traçar os planos finais antes
que anoiteça. – adverti.
-
Tomara que amanhã ainda dê tempo de ir até a casa do James Kottak. – fala
Henrique.
-
E quem é esse? – estranha Lara.
-
James Kottak, não conhece? Poxa, ele é o baterista do Scorpions!
-
Sério? Nossa, ele toca muito, nem sabia que ele morava aqui.
-
Se mora, eu não sei, mas ele é daqui. Assim como o grande campeão de boxe,
Muhammad Ali, o eterno.
-
Pois é, você estudou mesmo o lugar, Henrique. – comenta Samanta.
-
E tem aquela bonitona do Pussycat Dolls, a Nicole Scherzinger, ela cresceu aqui
em Loiuisville também. – prossegue o médium, satisfeito.
-
Cara, tem certeza que você é médium? – estranha Marco.
-
Não entendi. Você acha que médiuns não gostam dessas coisas? Ah tá, você é do
tipo que acha que médiuns são pessoas reclusas, meio eremitas...
-
Não foi isso que eu quis dizer...
-
Podemos prosseguir com os planos para os trabalhos? – intervi.
Os
rapazes consentem com um sinal.
-
Acho que deveríamos nos separar em três grupos de duas pessoas e então cada
grupo se encarrega de um andar diferente. Assim podemos investigar todo o local
durante uma única noite, que é o tempo que temos. O lugar é imenso. – falei,
empolgado por estar naquele lugar.
-
Eu e Samanta somos médiuns experientes e acredito não precisarmos de companhia.
Pelo menos eu consigo me concentrar melhor quando estou sozinho, não sei quanto
a vocês.
-
Concordo com você Adriano, eu prefiro ir sozinha porque a energia de pessoas
próximas prejudica um pouco minha conexão com o plano espiritual. A presença de
alguém comigo pode dificultar meus trabalhos. – concorda Samanta.
-
Certo, está bem então. Samanta e Adriano vão sozinhos, eu vou com Eduardo e
Marco vai com a Lara. Pode ser assim? Era para Ingrid acompanhar o Adriano, mas
como ela adoeceu... – diz Henrique.
-
Pra mim está ótimo, a ideia de ir sozinha não me agrada em nada. Esse lugar é
assustador, pelas fotos não aparentava ser tanto assim, mas agora que estou
aqui... – concorda Lara.
-
É verdade, olhando pelas fotos não dá pra se ter uma ideia real do que é isso
aqui. – reforcei.
-
E a energia que ele emana... é terrível... – complementa Samanta.
-
Bom, eu já imaginava que Samanta preferiria trabalhar sozinha, mas o fato do
Adriano também preferir foi uma surpresa. Mas não tem problema, acredito que
tudo dará certo. – apesar dos imprevistos, eu estava otimista.
-
Nesse caso acho que podemos dizer que foi até bom a Ingrid ter passado mal, já
que ela atrapalharia os médiuns. Mas o lugar é imenso, quem ficará com qual ala?
– fala Marco.
-
Já fiz a divisão entre cada grupo: Adriano ficará com o quinto andar, Samanta
irá até o Death Tunnel, Lara e Marco ficarão encarregados do terceiro e quarto
andares e eu e o Henrique ficaremos com o térreo, primeiro e segundo andares.
Estão todos de acordo? – prossegui.
-
Bom, eu ficarei com o Death Tunnel, ainda bem que não sou claustrofóbica... –
diz Samanta.
-
Então ficaremos com o terceiro e o quarto andar. – completa Lara, a médium, deixando
transparecer certa preocupação.
-
Está tudo bem, Lara? – indaga Adriano.
-
Sim, acho que sim. É que, sinceramente, eu não esperava que esse lugar fosse
tão negativo, tão aterrorizante, mas tudo bem.
-
Não precisa se preocupar, eu estarei com você. – Marco tenta acalmar a médium.
-
Melhor iniciarmos logo as atividades para não perdermos tempo, eu preciso de
bastante material para escrever a reportagem para fazer jus ao investimento da
editora. – completei.
-
Tudo bem, mas façamos uma oração antes de iniciarmos os trabalhos. Não sabemos
o que poderemos enfrentar aqui, é sempre bom se precaver. – diz Samanta pegando
a mão de Adriano.
Dentre
os médiuns presentes, Samanta é a que possui mediunidade mais desenvolvida,
tendo descoberto seu dom já há muitos anos, ainda na adolescência.
Quando
obtive os recursos para a expedição ao sanatório o nome dela foi o primeiro da
lista, em virtude da reputação que ela possui. Lara e Adriano também são
médiuns experientes, mas a menina é a que aparenta maior fragilidade.
Na
realidade Lara foi chamada de última hora. O nome cotado para ir até Waverly
Hills era o de Ernesto Pingle, outro renomado médium, mas ele não aceitou o
convite.
Após
breve oração o grupo decide, enfim, iniciar as atividades.
-
Vamos ajustas nossos relógios, são 18h30min. Vamos nos encontrar aqui na entrada,
do lado de fora, o mais tardar às 07h00min da manhã, em ponto. É o prazo máximo
para o fim dos trabalhos. Caso algum de nós não esteja aqui nesse horário, será
o sinal de que algum problema pode ter ocorrido. Não se esqueçam de relatarem
nos gravadores todos os detalhes das experiências que possam ter aí dentro, ok?
Isso é vital para o relatório que terei que fazer. – reforcei.
Conseguir
financiamento, em um país como o Brasil, não é tarefa fácil e eu devia entregar
um trabalho primoroso para justificar o orçamento que apresentei à editora com
a qual havia fechado contrato.
O
grupo acerta o horário dos relógios e concorda com o plano e com as instruções.
Logo
todos entram no prédio abandonado.
Eduardo
e Henrique, encarregados do piso térreo, se separam do grupo e andam em direção
à ala dos quartos. Os demais vão para as escadas e Samanta desce para o Death
Tunnel.
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