Saudações visitante do Prisioneiro.
Quem acompanha minha carreira literária já deve saber que
parei de escrever e que meu livro, o "Você Quer Ser Escritor(a)?" foi o ponto final.
Já expliquei sobre os motivos que me levaram a tomar essa decisão na entrevista que concedi ao
pessoal do Literatura
Fantástica Brasileira, mas ainda há quem insista em vir me perguntar a respeito, não entendendo ou não acreditando no que consta na entrevista.
Não direi que isso me aborrece, fico até feliz em saber que
há quem sinta falta dos meus trabalhos, mas a verdade é que há inúmeros outros
motivos que me fizeram tomar essa decisão, além daqueles que menciono nessa entrevista.
Sempre desejei transmitir sentimentos através do que
escrevo. Confesso que esse é um trabalho árduo e, até mesmo, chego a
duvidar de que tenha alcançado esse objetivo alguma vez.
A verdade é que após anos de amadurecimento cheguei à algumas conclusões que me fizeram anunciar a aposentadoria.
A verdade é que após anos de amadurecimento cheguei à algumas conclusões que me fizeram anunciar a aposentadoria.
Não, não foi a patifaria com que por inúmeras vezes me deparei
dentro do meio literário e aos inúmeros problemas decorrentes dela, foi algo mais profundo e, creio eu, mais nobre.
A música.
Sim, a música que tantos livros e contos me inspirou, acabou
fazendo com que eu percebesse o quão ela é superiora em relação às letras no que
se refere à transmissão de sentimentos.
Tentarei explicar.
Um texto, para ser compreendido e ter sua mensagem assimilada requer que o leitor, no
mínimo, saiba ler (óbvio), em seguida que ele tenha a capacidade de interpretar um texto e, por fim, que possua sensibilidade para assimilar o que o texto tem como objetivo transmitir.
Alguns possuem uma maior facilidade nessa assimilação, mas não é uma regra, cada um é de um jeito e possui suas limitações.
Já a música não, ela simplesmente flui, sem esforço, sem a
necessidade de algum tipo de aprendizado. Caso o ouvinte possua um mínimo de
sensibilidade a música atinge a alma, desde a de um doutor até a de um completo obtuso,
sem distinção alguma, não importa a escolaridade, a idade, a condição física, etc, salvo os casos daqueles que possuem algum tipo de deficiência auditiva.
A música simplesmente invade, inunda a alma, faz com que sentimentos aflorem, alguns até reprimidos, faz com que brotem inspirações, com que venham a tona lembranças até mesmo esquecidas.
Fica difícil explicar para quem não aprecia a boa música, não esse lixo que temos atualmente, mas a realmente boa música, seria como explicar o vermelho para um cego, ou o áspero a quem não possui sensibilidade tátil.
Infelizmente não possuo o menor dom para a música, sendo
simplesmente um admirador dos mais diversos estilos, desde que a música seja boa.
Poderia citar diversos trabalhos que me fizeram chegar à
essa conclusão, mas deixarei abaixo alguns exemplos que, acredito, ilustram bem o que
estou dizendo.
Falo por mim, que estou anos luz distante de ser um mestre das letras, mas por melhores que tenham sido alguns textos que tive o privilégio de conhecer, nenhum fez com que eu chegasse à conclusão de que as letras sejam superioras à música no que se refere à transmissão de sentimentos.
Letras transmitem conhecimento, sim, o que não acontece com a música, mas no quesito sentimento...
Letras transmitem conhecimento, sim, o que não acontece com a música, mas no quesito sentimento...
Isso me frustrou, mas serviu como amadurecimento, e o que é a vida se não o amadurecimento e a escolha de novos caminhos para se percorrer, não é mesmo?
Um abraço e volte sempre.
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