Ter um amigo imaginário é algo
bastante comum entre as crianças, mas até que ponto os pais devem ficar atentos
a esse tipo de fenômeno?
Edgar
não dava muita importância à sua filha Luana, de três anos, quando ela falava a
respeito de Diego, um amigo que lhe fazia companhia nas ocasiões em que ficava sozinha no quarto.
Para
ele todas aquelas histórias não passavam de fruto da imaginação da pequena.
Filha
única, Luana ficava muito sozinha e criara esse amigo para ter com quem brincar, conversar,
interagir.
Muitas crianças fazem isso, é um fenômeno normal e sabendo disso Edgar não se preocupava.
Porém gradativamente a personalidade da menina, bastante doce, foi se alterando.
Muitas crianças fazem isso, é um fenômeno normal e sabendo disso Edgar não se preocupava.
Porém gradativamente a personalidade da menina, bastante doce, foi se alterando.
Em certas ocasiões ela chegou a proferir palavrões e a ter atitudes que não
condiziam com sua idade, e isso sim começou a chamar a atenção de seus pais.
Certa
noite, como já era habitual, Luana adormecera na sala, no colo da mãe, enquanto assistiam à televisão,
e o pai a apanhou para leva-la até o quarto.
Deitou-a
na cama, com as luzes apagadas, procurando fazer o máximo de silêncio, mas ainda assim a menina despertou.
- Boa
noite filha, é hora de dormir.
- Boa
noite, papai, te amo muito.
Edgar
se sentou à beira da cama e ficou admirando seu rosto inocente.
-
Também te amo muito, minha filha.
- Não
quero que nada de ruim aconteça com você, papai.
- Por
que está falando isso, meu anjo? Não vai acontecer nada com o papai, fica
tranquila tá? Boa noite, durma com os anjos.
- Com os anjos não, papai, com o Diego.
- Com ele também, mas é melhor ser amiga dos anjinhos, também.
- Tá
bom, papai, boa noite.
Edgar se levantou, mas teve a nítida impressão de que alguém o observava. Sentia que havia mais alguém ali.
Olhou ao redor, o quarto estava escuro, não tinha como alguém ter entrado ali, mas aquela aterrorizante sensação permanecia.
Devia ser apenas impressão.
Obviamente
não havia ninguém, apenas sua filha, que já cochilava novamente.
Ao se
levantar e ir em direção à porta ele ouviu um barulho no fundo do quarto, como
um rosnado.
Apavorado, Edgar olhou na direção do ruído: o fundo do quarto da filha, escuro como um precipício.
Dois olhos, rubros e malignos como o inferno, o observavam.
- Boa
noite Diego, agora deixa o papai ir embora, não machuca ele não...
Biografia
Oscar Mendes Filho - Renascido em 01.12.1975 Oscar é paulistano, casado e pai de dois filhos. Possui treze obras
publicadas: Prisioneiro da Eternidade – RPG, Contos Para
Nunca Esquecer, Hanz, Prisioneiro da Eternidade, Prisioneiro da Eternidade II -
A Redenção, Joshua, Contos Para Nunca Esquecer Vol. II, Sombras do Castelo,
Waverly Hills – a Morada do Mal, A Fúria do Tarrasque, Relatos Macabros I e II
e Você Quer Ser Escritor(a)?
Também é responsável pelo blog Prisioneiro
da Eternidade (www.prisioneirodaeternidade.blogspot.com)
onde publica contos de sua autoria e algumas notícias acerca da sua carreira.
Página oficial: http://www.livrosdeterror.wix.com/oficial
Perfil no Facebook: https://www.facebook.com/oscar.nothmann
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